RESUMO
Esta
dissertação tem como objetivo compreender como conversas realizadas no WhatsApp podem contribuir para o
processo formativo de um grupo de professores da educação básica na
contemporaneidade. O cenário da pesquisa é uma escola pública da Rede Municipal
de Educação do Rio de Janeiro e, como dispositivos, bricolamos conversas
presenciais e no WhatsApp, interações
nas redes sociais entre o grupo de professores da unidade escolar e diário
on-line. A metodologia inscreveu-se no movimento da perspectiva epistemológica
da multirreferencialidade com os cotidianos,
que propõe
um olhar plural sobre a realidade complexa que se configura por meio de objetos
práticoteóricos, uma vez que percebe o homem em suas interações sociais, em suas
artes do fazer. A possibilidade de entender como
essas práticas docentes acontecem cotidianamente através do uso das mídias
digitais, em que os grupos interagem, problematizam e acionam dispositivos,
permite-nos observar que as conversas entre os professores devem ser colocadas
no centro do trabalho de investigação de nossas pesquisas e mostrar como cada
um (re)inventa diariamente suas formas de atuar e de expressar suas diferentes
perspectivas sobre a docência, sobre o pensar com/na escola e o contexto
sociotécnico em que estão inseridos. Para isso, partimos de algumas questões
norteadoras, como (i) de que modo, a partir dessas conversas, aprendizagens
multirreferenciais e autorias docentes se materializam nesse ambiente; e (ii)
quais sentidos e significações são produzidos nas periferias e que reverberam
nas práticas pedagógicas a partir da dinâmica da cibercultura. Mediante análise
das conversas entre os 18 praticantes culturais e com base na transversalização
da empiria, teoria e autoria desta pesquisadora, emergiram as seguintes noções
subsunçoras: experiências formativas docentes nas
conversas com professores (auto, hetero e ecoformação); WhatsApp como dispositivo de
aprendizagens multirreferenciais e autorais no contexto da cibercultura; mergulho
na periferia ― as práticas reescrevendo a história da escola e as nossas
histórias. Depreendemos, que as conversas constituem um rico referencial para
pensarmos sobre a prática docente, o papel da escola, os atos de currículo, os
processos e experiências formativas coletivamente partilhadas e a complexidade
de se educar nos dias atuais.
Palavras-chave:
Cibercultura. Multirreferencialidade. Cotidianos. Noções subsunçoras. WhatsApp. Conversas. Periferias.
Experiências formativas. Autoria.
Para acessar a dissertação completa clique em:
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem-vindo!Não esqueça de deixar o seu comentário ou sugestão. Obrigada!